Porque o melhor , enfim
è não ouvir nem ver ...
passarem sobre mim
e nada me doer !
( Sorrindo interiormente
coas pálpebras cerradas ,
às águas da torrente
jà tão longe passadas . )
Rixas , tumultos , lutas ,
não me fizeram danos ...
alheio às labutas , as
estações do ano .
Passar o Estio Outono
a poda , a cova , e a
pedra , e eu a dormir
um sono debaixo de
uma pedra .
Melhor atè se o acaso
o leito me reserva
no prado extenso
e raso apenas sob
a erva .
Que Abril copioso
ensope ... e , esvelto ,
a intervalos , fustigue - me
e golpe de bandos de cavalos .
Ou no serrano mato ,
há brigas tão propícias .
onde o viver ingrato
dispõe a sacrifícios
das vidas , mortes
duras ruam pelas
quebradas , com
choques armaduras
e tinidos de espadas .
Ou sob o piso , atè ,
infame e vil da rua ,
onde a torva ralè
irrompe , tumultua ,
se entorse , vocifera ,
selvagem nos conflitos ,
com ímpetos de fera
nos olhos , saltos , gritos ...
E sob a terra firme ,
compacta , recalcada
muito quietinho a rir
- me de não me doer
nada .
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