Que te amo , que espero por ti
uma vida inteira , uma eternidade ,
Pode ser do outro lado do Oceano
pode ser algures no mundo na China ,
no Alasca , nos Pirenéus , no Esquimó ,
nos Planaltos ou Alpes Suíços ou numa
cajueira numa(cachoeira porque não ? )
Penso em ti principalmente como a nossa
possibilidade de PAZ , a única que pintou
atè hoje , atè agora , nesta vida de rotinas
fatigadas .
Se um dia tivermos de nos encontrar
aqui ou ai onde estás ou que seja num
outro lugar algures talvez no Oriente
na China , nòs nos encontraremos .
Espero - te , amo - te ,
curto - te todos os dias
e gosto muito de ti , ès
tudo para mim a minha
fonte , a minha Lua
a minha Luz !
Eu pronuncio o teu
nome nas noites escuras ,
quando vem os astros
beber na lua e dormem
as ramagens das frontes
ocultas e eu sinto - me
oco de paixão e de musica ,
louco relógio que canta
horas mortas , antigas .
Eu pronuncio o teu nome
nesta noite escura , e o teu
nome ressoa nas paredes do
meu quarto sem ti solitário
o teu nome soa - me mais
distante do que nunca .
Mais distante que todas
as estadas e mais dolente
que as águas da chuva .
Amar - te - ei como então
alguma vez ?
Que culpa tem o coração ?
Se a névoa se esfumas de
outra paixão e me espera ?
Como a planta que não floriu
e tem dentro de si , escondida
a luz das flores , e graças ao
teu amor , vive obscuro no
meu corpo o denso aroma
que subiu da terra .
Amo - te sem saber como ,
nem quando , nem onde .
Amo te directamente sem
problemas nem orgulho ;
Amo - te assim porque
não sei amar - te de outra
maneira de outra forma a
não ser deste modo em que
eu nem tu ès tão perto que a
tua mão no meu peito è a minha ,
tão perto que os teus olhos fecham
- se com o meu sono .
Mania idiota
de enfrentar tempestades ,
tsunami , furacões , e atè
mesmo terramotos por uma
pessoa , que nem sequer pula
uma peça de água por mim .
Lenda de uma paixão
escuto ao longe , trazido
pelo vento , murmúrios
de outros tempos , como
duendes dançantes ,
corripiando entre folhas
secas num jardim de
amantes .
O teu nome è ecoado de forma única
perpetuando gerações vindouras limão ,
aqui se soprou ventos de amor , lendas
de uma paixão .
A invenção do braço perfeito dizia
palavras bonitas , e eu sò falava ,
falava .
Tenho muitas cicatrizes mas levo
também a lembrança de momentos
que nunca teriam acontecido se eu
não tivesse ousado em empurrar - me
além dos limites .
È muito doloroso dizer adeus
a alguém que tu não queres
deixar partir , mas ainda è mais
doloroso segura - la se ela não
quiser ficar em primeiro lugar .
Se alguém não mostrar o mesmo
amor que tu mostraste - lhe , e age
como se tu não fosses importante ,
a maior parte do tempo , esta pode
ser uma grande pista quando de facto
tu não precisas dela na tua vida também .
A única pessoa que tu realmente precisas
na tua vida è aquela que te respeita e quer
que sejas tudo na vida dela .
È muito doloroso dizer adeus alguém que tu
não queres que se vá embora . , mas è ainda
mais doloroso manter se ela não quiser ficar
em primeiro lugar .
A melhor parte de se estar numa boa
relação consiste no estar ligado a pessoa
amada , ou estar com ela simplesmente
a falar sobre todas as coisas malucas que
aconteceram nesse dia .
No final è disso que se trata
nem è sempre sobre sexo
ou sobre quão são belos .
È sobre ouvir o outro a
falar horas a fim sobre
coisas estúpidas que podem
nem sequer ser importantes
para ti .
A melhor parte de se estar
num relacionamento è sempre
bom ligar para pessoa amada
ou simplesmente para estar a falar
de todas as coisas malucas que te
aconteceram nesse dia .
No final è isso do que se trata
nem è sempre sobre o sexo ou
aparência .
È sobre ouvir o outro a falar
horas a fio sobre coisas estúpidas
que não tem importância para os
outros , mas è muito importante
para ti .
Quero - te nos meus braços ... e sussurrando
nos teus ouvidos palavras de amor as tuas
mãos tocam o meu ventre viajando pelo
teu corpo entre vales de maravilhoso prazer
digo - te coisas que não ouves falo - te de sonhos
e fantasias .
Beija - me ...
Ama - me , sonho - te ,
envolvo - te
Exploro o teu corpo
sem pressa
O teu olhar entre olha o meu
quero as maravilhas do teu amor ...
Mergulhamos num orgasmo
desfalecendo nos teus braços
Dois amantes felizes
fazem um sò pão uma
sò gota sobre a erva ,
deixam duas sombras
que se juntam , deixam
um único Sol numa cama
de todas as verdades escolheram
o dia ;
não se ataram com fios , mas
com um aroma , e não se
despedaçaram a paz nem as
palavras
à noite dà - lhes as suas pétalas
felizes , não tem fim nem morte ,
nascem tantas vezes , enquanto vivem
são eternos como è a natureza .
Eu sou o carvão
e tu arrancas - me brutalmente
do chão e fazes - me tua mina
patrão .
Eu sou o carvão
e tu acendes - me
patrão ,
para te servir eternamente
como força motriz mas
eternamente não patrão .
Eu sou o carvão e tenho
de arder sim ; Queimar tudo
com a força da minha combustão .
Eu sou o carvão ; tenho que arder
na exploração atè as cinzas da
maldição arder vivo como o alcatrão
meu irmão , atè não ser mais a tua mina ,
naturalmente queimar tudo com o fogo
da minha combustão .
Gosto de ver a Lua
esborratada de marcas
de bâton os seios das
estrelas luzindo dançando
ao som de um som ...
Gosto de olhar para o céu
e vê - lo coberto com um
vèu adoro a noite !
Tudo fica mais transparente
as expressões de tristeza são
diferentes as pessoas parecem.
todas iguais as sombras tratam
da maquilhagem não hà gente
bonita nem feia demais o silêncio
toma conta de nòs e sente - se
um sentimento de à - vontade
de sossego ... e alguma verdade
adoro a noite !
Porque tem um sabor a realidade
onde o descanso ... alcança o pódio
da maior verdade a noite è a vida
em claro ...
Agora levado por fios
e mãos invisíveis ia a
caminho de Lisboa e
depois vim para o Porto
para o Norte , o menino
que eu era iria conhecer
o sentido da latitude e da
distância .
Entre os meus irmãos
do Norte irà morrer o
menino entre brumas
e frios e as horas pardas
do velho liceu a minha
espera , sentimos nos
pulmões o fumo das
fabricas trepidantes
e nos ouvidos os ruídos
dos pregões do trânsito
inumerável , e , sobreponto
- se a tudo , o grito da vida
desgraçada dos homens em
tumulto .
Por isso eu te amo , mais do que
a nenhuma outra cidade do Mundo
Ò minha cidade do Sul , por este
sentido de camaradagem humana
que me deste ; eu andei na escola
Franca , tu me deste a consciência
nítida do que será a grandeza da
espécie humana !
Eu vim do Sul ,
Disse adeus ao João Pequeno
e ao Canivete , disse adeus
ao Breno , adeus Eduardo ,
adeus Luis , adeus minha
cidade , adeus minhas avenidas
meus ónibus , adeus , meus palmares ,
minha casa do Maxaqueene , da Polana ,
Cimento , meus gritos , minhas alegrias ,
minha claridade , adeus Eduardo !
adeus minha cidade !
O avião estava atrasado no aeroporto
o meu pai trouxe - me pela mão e
falou - me como se falas - se a um
homem grande .
- palavra por palavra eu recordo - me
o que ele me disse e pela noite o avião
levantou voo .
A brisa bateu - me na face , e revolveu - me
e os meus cabelos .
A minha mãe segurava - me pela mão junto
dsa amurada , e eu vi a Catembe a Manhiça ,
a Ponta Vermelha e a Polana acenar - me de longe ,
cada vez mais longe , o avião levava o menino que eu fui ,
alguma coisa de mim morria definitivamente , enquanto o
piloto , as hospedeiras e os comissários de bordo levavam
indiferentes , os convés , e as gaivotas esguichavam .
Minha cidade maravilhosa longínqua
e tão presente , minha cidade do Sul
a Beira - Mar , com o Alto Maè , a
Baixa e a Polana ; meu Porto acostável ,
com guindastes e cais para todo o Mundo ,
meus campos de futebol , com camisolas
multicolores e os nossos aplausos em tardes
de glória ; ò minha escola franca , cheia
de Bulício de mim e dos meus irmãos
pretos : meus cajueiros e minha árvores
e minhas árvores de mangas , rescendentes ;
meu primeiro anseio de menino aberto ao Sol
de fogo que me beijou a fonte e me pôs mistérios
e longes , fora e dentro dos olhos !
Ah , minha pureza ansiosa , que era branca
como as flores de laranjeira , minha Buliciosa
curiosidade que desventravas todos os brinquedos
que me davam sò para ver o mecanismo subtil
que havia dentro deles !
Meus moleques João Pequeno e Canivete , leais
e francos , meus pretos e camaradas , onde estais ?
que há tanto tempo vos não vejo , e tenho tantas
saudades das vossas palavras humanas e transparentes !
Meus monhès de cofiòs vermelhos na cabeça , acocorados
em sórdidos balcões nas ruelas da baixa , cheirosa a tabaco ,
mascando , mascado : mercadores do levante , senhores de
montes de esterlinas ;
ò mulheres muçulmanas , insaciáveis , veladas senhoras dos
mistérios e perfumes do Oriente ; meus irmãos Canecos ,
donos de Bancos e de Jornais ; meus Chineses pacíficos ,
vendendo bugiganga em quiosques , onde comprávamos
foguetes ee rebuçados , papeis de amendoim e cajù ,
limonadas e papagaios , e das docas e dos armazéns ,
Ingleses do Hotel Polana , do Golfo e do Ténis , e de simpatia
que ficou de vòs , meus Italianos , Judeus , Franceses , Parses ,
Gregos , da Inhaca !
ò meus irmãos de todo o mundo , eu cruzei - me convosco , na
flor da idade , caminhei a vosso lado , brinquei com os vossos
joelhos , vossa presença mùltipla e franca deu - me o sentido
da fraternidade !