segunda-feira, 14 de novembro de 2016

CANÇÃO DO AMOR FECUNDO

CANÇÃO DO AMOR FECUNDO

Vem ,
tu ès a minha rapariga ,
aquela que eu espero sem preconceitos errados
nem cinismo de espécie alguma
porque ès humanamente pura e digna
das carícias que guardo desde o fundo de mim .

Vem ,
ò minha rapariga , camarada resoluta
que irás comigo partilhar os caminhos bons e difíceis
dos dias próximos ,  das próximas jornadas ,
enquanto desvendarmos mistérios
da nossa unidade em terra e em sangue ,
caminharemos lado a lado , o mundo será nosso ,
debaixo dos pès
brotarão fontes , seremos claridade .

Vem
e eu levarei as crianças travessas dos meus olhos
a brincar junto dos teus que são piscinas
de águas fosforescentes com pepitas de ouro no fundo
e cheias de peixes multicolores .

Vem ,
e serei o sudoeste bonançoso afagando as dunas macias
dos teus seios
mai - los longos ,
diluídos entre os meus dedos blandiciosos ,
perfumar - te - ei de maresia
e cantar - te - ei uma canção de amor suavíssima .

Vem ,
e hei - de espremer a carne sumarenta da tua boca
entre os meus beiços queimados das sedes
que trago desde o fundo de mim .

Vem ,
eu sei que viràs nua no corpo e na alma
na hora propícia de nòs dois ,
e rasgarei a leiva vermelha do teu sexo , semear - me - ei
e refloriremos .






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