quinta-feira, 17 de novembro de 2016

INTERROGAÇÃO

INTERROGAÇÃO

Neste  tormento inútil , neste empenho
de tornar em silêncio o que em mim canta ,
sobem - me rouco à garganta num clamor
 de loucura que contenho .

Ò alma do Douro sacrossanta  , irmã
da alma rùtila que eu tenho , disse
para onde eu vou ,  donde è que eu
venho nesta dor que me exalta e me
levanta !

Visões de mundos novos de infinitos ,
cadências de soluços e de gritos ,
 fogueira a esbrasear  que me
consome !

Dizes que não è esta que me arrasta ?
Nódoas de sangue que palpita e alerta ...

Dizes - me de que è que tenho eu  sede e fome ?


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