meu bom negro João Pequeno
que eu um dia , fingindo de
padre te baptizei , com opias
de lençol e com o sal que pus
na tua boca alegre e franca , meu
bom negro , que querias vir comigo
a Lisboa !
Minha historia do meu país
que bateu paragens inóspitas
meu pai que te concebeu , minha
cidade , adolescente , ainda ,
histórias do Sertão com venenos
feitiços , mortes e revoltas ;
meu pai , que te partiu infante
de uma aldeola perdida da metrópole
e se embrenhou no mistério tenebroso
que era África de então ;
e tu minha cidade , ainda adolescente ,
lânguida-mente recostada no planalto
recostada verde e vermelho , deixavas-te ,
como uma crioula nua , , possuir ao sol
pelo o branco ,
que teu ventre fecundo tinha ânsia de ficar
gravido do do meu génio imortal !
minha cidade maravilhosa , tão longínqua
e tão presente . minha cidade do Sul , à beira
- mar , com Alto Maè e a Maxaquene , Baixa
e a Polana ; meu porto acostável , com grandes
cais parara todo o mundo ;
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