O menino povo de olhos
resplandecentes mora na
coça negra de terra e colmo
a meio da floresta , entre a
fome e a noite .
E a sua mãe pobre
nada mais tem para
lhe dar que dois seios
grandes .
Agora o pior das aves
agoirentas enche a noite
e o mino treme de pavor .
Là fora uivam as alcateias
e a floresta range diabolicamente .
Parece que a noite
será sempre noite ...
Ai se assim fosse !
Mas eu venho de longe
e sou a a clara esperança
trago comigo e canto
das calhandras na alvorada ,
e juro ao meu Menino Povo
de olhos resplandecentes
que amanhã não tarda ,
ela vem a caminho por
todos os caminhos do
mundo , è breve o dia .
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