quinta-feira, 17 de novembro de 2016

QUEM SERÁ QUE ME CHAMA DO FUNDO DA NOITE ?

A  espaços ,
paro nas encruzilhadas ,
abro os braços

E ponho ao Sol a minha
alma .

Ergo - me nos flancos

e deixo - me dar flor .
E quando as mulheres que criam
passam ao pè da minha lama ,
eu lhes peço um favor

de me deixarem beijar
os seus meninos de mama .

Passam pedintes e passam
os ladrões ,

e eu lhes ensino as canções
que ninguém me ensinou .

E as moças que passam
e ficam ouvindo meu canto ,

eu afago no ventre para que não
sejam estéreis ,

minhas mãos suavíssimas
atè ao fundo do ventre

Chama por mim
do fundo da noite

( E estremeço ) .

E levanto - me
e sigo

os caminhos que faltam ,

as gândaras em festas para
mim ,

là desde o fundo atè ao fim ,

e vaio em flor a minha lama
e o resto que è mais que lama .





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