quinta-feira, 17 de novembro de 2016

AGORA LEVADO POR FIOS E MÃOS INVISÌVEIS

Agora levado por fios
e mãos invisíveis ia a
caminho de Lisboa e
depois vim para o Porto
para o Norte , o menino
que eu era iria conhecer
o sentido da latitude e da
distância .

Entre os meus irmãos
do Norte irà morrer o
menino entre brumas

e frios e as horas pardas
do velho liceu a  minha
espera , sentimos nos
pulmões o fumo das
fabricas trepidantes
e nos ouvidos os ruídos
dos pregões do trânsito
inumerável , e , sobreponto
 - se a tudo , o grito da vida
desgraçada dos homens em
 tumulto .


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