quinta-feira, 17 de novembro de 2016

QUE È DO MENINO QUE EU FUI , ONDE ESTÃO OS MEUS GRITOS , OS MEUS RISOS . Ò MINHA CIDADE DO SUL

Que è do menino que eu fui ,
onde estão os meus gritos ,
os meus risos e a minha
 claridade ?

Meu cão pastor alemão
que  se chamava Jô
trago de França um

nome  tão arrevesado , dizem - me
que era um grande homem :

o meu cão , o meu melhor amigo ,
correndo ao meu lado no meio
dos montes em grande explosão
por carreiros perdidos no meio
do capim mais altos que nòs ,
meu camarada de todas as horas  ,
alegre e obediente , saltando a minha
volta - os dois em busca do mundo
 que era nosso !

Minhas largas avenidas , abertas
alcatroadas , onde os negros
corriam de patins , com árvores
em parada , sombreando os
 passeios , floridas e confortadoras ;

meu ónibus a caminho da baixa ,
com zonas baratinhas ;

minhas matinàs no Varietà , às
 quintas e domingos com amigos ,
e aventuras do Tom Mix , e as botas
carambas e colossais do Charlot , ò
matinès cheias de alvoroso infantil !

Ò minha noite maravilhosa , que vinhas
e te despias e metias comigo na cama , e
 eras uma negra de mistérios , e eu não
tinha medo nenhum , tudo era extrordinàrio
mas natural


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