onde estão os meus gritos ,
os meus risos e a minha
claridade ?
Meu cão pastor alemão
que se chamava Jô
trago de França um
nome tão arrevesado , dizem - me
que era um grande homem :
o meu cão , o meu melhor amigo ,
correndo ao meu lado no meio
dos montes em grande explosão
por carreiros perdidos no meio
do capim mais altos que nòs ,
meu camarada de todas as horas ,
alegre e obediente , saltando a minha
volta - os dois em busca do mundo
que era nosso !
Minhas largas avenidas , abertas
alcatroadas , onde os negros
corriam de patins , com árvores
em parada , sombreando os
passeios , floridas e confortadoras ;
meu ónibus a caminho da baixa ,
com zonas baratinhas ;
minhas matinàs no Varietà , às
quintas e domingos com amigos ,
e aventuras do Tom Mix , e as botas
carambas e colossais do Charlot , ò
matinès cheias de alvoroso infantil !
Ò minha noite maravilhosa , que vinhas
e te despias e metias comigo na cama , e
eras uma negra de mistérios , e eu não
tinha medo nenhum , tudo era extrordinàrio
mas natural
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