terça-feira, 22 de novembro de 2016

DESFOLHAR

Se as folhar mãos
pudessem desfolhar

Eu pronuncio o teu
nome nas noites escuras ,
quando vem os astros
beber na lua e dormem
 as ramagens das  frontes

ocultas e eu sinto - me
oco de paixão e de musica ,

louco relógio que canta
horas mortas , antigas .

Eu pronuncio o teu nome
nesta noite escura , e o teu
nome ressoa nas paredes do
meu quarto sem ti solitário
o teu nome soa - me mais
 distante do que nunca .

Mais distante que todas
as estadas e mais dolente
que as águas da chuva .

Amar - te - ei como então
alguma vez ?

Que culpa tem o coração ?
Se a névoa se esfumas de
outra paixão e me espera ?

Se os meus dedos pudessem
 desfolhar  a lua  !


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