Sopro fino de vento
a rigor levando areia
ao rosto hirto
Um deserto húmido
no olhar
um dedo apontado ao mito
a beleza do silêncio no grito
cada ilha um livro um filho
parido hábil febre a mar
dedos de marfim por escrito
passo a passo a màgoa barco
a pele tecida a mãe
a mão ao leme carícia forte
o instinto para a revolução
de dar a um coral um nome
( là terão caule e cal tão secretas razões )
não deixa cinza para deitar sobre as ilhas
mas luz apenas luz por onde podemos
andar a entrar e sair de pátios fechados
sobre si abertos às casas causas que a
pedra a palavra
Sílaba sobre a raiz o seu mundo
constrói e sem medo por dentro
da nossa paz fugaz abre a liberdade
aos templos sem orações dos deuses
faz homens das musas mulheres de
templos apenas um lugar onde o
tempo devagar põe na natureza
um amor fugaz .
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