quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

lua


 

as vezes trocamos de lágrimas risinhos

o teu corpo está húmido o meu seco


livres e dados largamo - nos  saciados

as  mãos  coladas  ao rosto 


no amor não se diz isso sò se faz ao amor

uma molha a alegria iluminada que vem de 

dentro a galope  à solta e se a lìngua  do cavalo

a crina do anjo nos sacode  alada a vida ao outro

lado


outras vezes a luz interior pega fogo

a voz do estado de fùria  pele medo

e lençol


trocamos de amor com razão verdejante

enquanto o mundo não muda nada là fora

mas a terra a simplicidade e a ternura nova

nos lambem com virulência a realidade


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