quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

tear o pano


 

já não escrevo bordo o papel

cavalinho è pano

sò na  renda viva dos teus

dedos


as palavras  fogem

alinham o carinho

um o piano


por isso os teus  beijos

nas minhas pálpebras

para engomar silêncio


para fumegar armas

cortar caminho


desatar os medos

abrir - me os olhos

e rasgar o linho

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