invento um imenso lugar de regressos
nestas mãos que se agarram os dias
como uma paisagem frágil
de papoilas
a maresia na curva de um poema
os contornos opacos do vento no
ultimo acorde de um cello
o retorno a impaciente ternura
dos teus olhos
e nessa geografia de invisíveis
amplitudes abre - se um par de
asas
um quebranto de tempo
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