VEM ,
tu ès a minha rapariga ,
aquela que eu espero
sem preconceitos errados
nem cinismos de espécie
alguma porque ès humanamente
pura e digna das caricias que guardo
desde o fundo de mim .
VEM .
ò minha rapariga , ò companheira resoluta
que irás comigo partilhar os caminhos bons
ou difíceis dos próximos dias das próximas
jornadas, enquanto desvendarmos os
mistérios da nossa unidade em terra e em sangue ,
caminharemos lado a lado , o mundo será nosso ,
debaixo dos nossos pès brotarão fontes , seremos
claridade
VEM ,
e eu levarei as crianças travessas dos meus
olhos a brincar , junto dos teus que são
piscinas de águas fosforescentes com pepitas
de ouro no fundo e cheias de peixes multicolores
VEM
e serei o sudoeste bonançoso afagando as dunas
macias dos teus seios
mai - los teus cabelos longos ,
diluídos entre blandiciosos
perfumar - te - ei de maresia
e cantar - te - ei uma canção
canção de amor suavíssima
VEM ,
e hei - de espremer a carne sumarenta
da tua boca entre os meus beiços
queimados das sedes o fundo de mim
VEM
eu sei que viràs nua no corpo e na alma
na hora própria de nòs dois e rasgarei
a leivas vermelha do teu sexo , semear -
- me - ei e refloriremos
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