Esta è uma canção
de Tònio Manaù , amigo do poeta
e das águas do rio ,
Ai Tònio Manaù !
Era barqueiro do Douro o Tònio Manaù .
Sua mãe o pariu nas àguas , pelo tempo
das cheias .
Ai Tònio Manaù !
Tinha um velho caíque o Tònio Manaù ,
e foi ao largo Valbom que o seu pai se finou .
Ai Tònio Manaù !
Da Ribeira a Avintes , eia ! , o Tònio Manaù
era o senhor dos remos , dos limos e das àguas ,
Ai Tònio Manaù !
Vogava noite e dia , dia e noite , o Tònio Manaù
Usava calças de cotim , camisa esburacada
Ai Tònio Manaù !
E nunca teve outro mundo o Tònio Manaù
Amou a mulher que lhe coube dentro do seu caìque ,
Ai Tònio Manaù !
Ai lhe nasceram os filhos a Tònio Manaù
por destino trazendo os fundos lodos do rio
Ai Tònio Manaù !
E eram maus os invernos para o Tònio Manaù
as cheias vinham bravas e a fome dentro delas
Ai Tònio Manaù !
Por isso , quando Março chegava , Tònio Manaù
berava , suave nos cercos da pesca do sàvel .
Ai Tònio Manaù !
Mas a fartura jamais chegou para Tònio Manaù
Ano após ano a mulher lhe paria no meio do caíque
Ai Tònio Manaù !
Sabia os mistèrios ribeirinhos o Tònio Manaù
Uma esrtrela morava , o guiava suspensa no bico
da proa .
Ai Tònio Manaù !
E sabia antigas històrias o Tònio Manaù
Era amigo do poeta e dos peixes e das àguas
do rio .
Ai Tònio Manaù !
Embebedava - se de vez enquando o Tònio Manaù
suas pragas eram cantos de raiva na boca das àguas
Ei Tònio Manaù !
Fumava pontas num velho cachimbo o Tònio Manù
e usava calças de cotim , a camisa esburacada ,
Ai Tònio Manaù !
Mas amava o rio como a irmão o Tònio Manaù
Que bom o suor das rtemadas , o gemer dos toletes .
Ai Tònio Manaù !
Por isso quando a cheia grande veio o levou , que
boa morte que teve
o Tònio Manaù .
Que boa morte teve ...
Ai Tònio Manaù !
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