Longos vales florescem na manhã
do sonho que te sonha ave , estrela ,
doce visão terrestre que de vê - la
fica cego olhar , secreto amor
da morte , onde viver è esquecê - las
Universo nocturno da manhã para
habitarmos , trânsfugas da vâ glória
de deuses mortos sem sabê - la .
Vento vinho do mar , cósmico
gosto , renasces na areia que
incendeias quando afundo os
dedos no teu rosto
Assim me encontras nas areias
mortas do que fui , rio cujo rosto
viaja sem descanso em tuas veias
Que mistério nos cruzou nossas estradas ?
Em que nocturnos mar nos conhecemos `
Quando sob o luar adormecemos
quem nos conduz às barcas ?
Que morta pátria nunca esquecemos ?
Que habitação solar , que face alada ?
Que deuses não sabendo nada nos forjam
de fogo estes remos ?
Que visão perseguimos ? que substância
imortal e vã , cego voo , ânsia buscamos
um no sem cessar outro ?
Toco - te com o dedo nas espáduas :
e sùbito um relâmpago nas águas
atravessa invencível noite e mar .
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