Vem , meu amor , e vergados , floridos
de tormento sob a amarga primavera
de destroços , sórdidos e divinos ,
uma vez mais re - construamos a nossa
a nossa humana face .
Que è feito de tudo o que foi querido ?
O que amamos onde foram , onde estão
eles ? Não choremos agora que em vão
seria , antes sob tanta dor , em nòs
próprios busquemos a sua
perdida face
Sós , no pavor deste mar
de chamas abraçados , submersos
no caos , no asco na maldição
apocalíptica , ainda nos resta
o nosso amor , a nossa espantosa
e fecunda serenidade
Fito - te querida , e a voz com que
me chamas obscura e terrível ,
abre - se como um abismo onde
me despenho exasperado , de
mim sedento ;
contigo nos braços , atravesso
as paredes cerradas do ódio ,
o muro ácido das trevas e ,
fundo , em teus flancos
cravo os rubros de madrugada
Sim , meu amor , vergados e floridos
de tormentos e espanto sob esta amarga
primavera de destroços , somos nòs ainda
a semente , o rio , a estrada onde indestruìdos
ressoam os passos e as vozes da jornada
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